quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Os Jovens precisam de mudanças


Se a vida muda a todo o momento – como, aliás, tenho vindo a dizer com certa frequência – por que não hão-de os políticos e as políticas mudar suas atitudes e técnicas de gerência das sociedades que representam (ou deviam representar)?

Talvez, esteja a ser um tanto ignorante ao afirmar que não concordo – de modo nenhum – quando diz que os jovens, na sua maioria, não demonstram interesse pela política. E não concordo porque o que se observa não é o desinteresse dos jovens, mas, ao contrário, o que se vê é o apego dos mais velhos (políticos ultrapassados no tempo) aos privilégios alcançados e, por isso, já sem ideias e, o que é bem pior, sem ideais novos para, de forma sublime, alterarem o rumo de catástrofe social para onde, lamentável e visivelmente, caminhamos dia após dia.

A Juventude – è claro e está claro – tem interesse pela actividade política da comunidade em que se insere, mas, é mais que evidente, não pode, nem deve pactuar com o modo “economicismo” desenfreado com que os políticos gerem, actualmente, a “res pública”, colocando o lucro acima dos verdadeiros interesses e necessidades dos cidadãos, atirando-os, irremediavelmente, para o desemprego; para a precariedade no trabalho; para a insegurança no ensino, na saúde, na justiça, nas ruas, levando, com isso, ao empobrecimento económico do indivíduo e criando a bipolarização das classes: os pobres e os muito ricos.

Não! Não é nada disso que os jovens querem e precisam!... O que os move é uma sociedade equitativa em direitos e deveres. Os jovens querem e precisam de Ser e Estar e jamais a desigualdade em que já se vive e que se agravará se não mudarem as políticas e os seus mentores, retrógrados e camonianamente “velhos do Restelo”.

Assim o que é preciso e urgente – muito urgente mesmo – é valorizar a Juventude e possibilitar-lhe novas sendas e novos lugares de cidadania total.

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